quarta-feira, 4 de maio de 2011

A situação sanitária e os Tigres do Rio de Janeiro no século XIX


As condições sanitárias da Cidade do Rio de Janeiro eram muito precárias, em decorrência da falta de um adequado sistema de esgotos e de drenagem pluvial.
Os dejetos eram guardados nas residências, em barris. A remoção dos barris eram normalmente feitas à noite, quando escravos, carregando os barris à cabeça, cruzavam a cidade até terrenos baldios ou o mar, onde eram despejados.
Os Tigres do Rio, eram os nomes dados a esses escravos que carregavam as barricas cheias de dejetos. Ao transportar, transbordavam e iam deixando rastros no corpo do escravo que, ficava com listras sinuosas como as de um tigre.
O Imperador D. Pedro II mandou estudar o projeto de esgotos sanitários e pluviais na Inglaterra, existindo dele plantas de autoria do Engenheiro Eduardo Gotto, no Arquivo Nacional, na Biblioteca Nacional e da CEDAE, datadas do período 1853/1863. A Lei 719/1853 autorizou o Governo a contratar os serviços com "John Frederic Russel ou outro qualquer. Mais tarde, em 1857, foi celebrado contrato com Russel e seu Sócio Joaquim Pereira Vianna de Lima Junior, para fazer "o serviço de limpeza das casas e do esgoto das águas pluviais", com prazo de 90 anos. Esse contrato foi transferido em fevereiro de 1862, para a "The Rio de Janeiro City Improvements Company Ltd." constituída em Londres por Mr. Gotto.

O Processo Abolicionismo no Brasil


O abolicionismo foi um movimento político que visou a abolição da escravatura e do comércio de escravos. Desenvolveu-se durante o Iluminismo do século XVIII, e tornou-se uma das formas mais representativas de activismo político do século XIX até à actualidade. Teve como antecedentes o apoio de alguns Papas católicos.
Até hoje, as repercussões emotivas do termo "abolicionismo" suscitam inconvenientes usos analógicos do termo, especialmente entre retóricas maniqueístas de grupos de pressão, partidos políticos ou grandes debatedores públicos.



A história do abolicionismo no Brasil remonta à primeira tentativa de abolição da escravidão indígena, em 1611, e a sua abolição definitiva, pelo Marquês de Pombal, durante o reinado de D. José I, e aos movimentos emancipacionistas no período colonial, particularmente a Conjuração Baiana de 1798, em cujos planos encontrava-se o da erradicação da escravidão. Após a Independência do Brasil, as discussões a este respeito estenderam-se por todo o período do Império, tendo adquirido relevância a partir de 1850, e, caráter verdadeiramente popular, a partir de 1870, culminando com a assinatura da Lei Áurea de 13 de maio de 1888, que extinguiu a escravidão negra no Brasil.

Imagem: A abolição da escravatura: quadro de Auguste François Biard (1798-1882).

Sapatos para Escravos... Símbolo de LIBERDADE!!!

Utilizados somente como proteção dos pés, com a vinda da côrte portuguesa ao Brasil, em 1808, o comércio sofreu um incremento e os costumes europeizaram-se, passado o sapato a fazer parte da moda. Nesta época os escravos eram proibidos de usar sapatos, mas quando conseguiam a liberdade, compravam um par de calçados como símbolo da nova condição social. Como muitos não se acostumavam a usá-lo, viravam objeto de decoração ou de prestígio, carregando-os, orgulhosamente, nos ombros ou nas mãos.
Apesar de existerem várias sapatarias no Rio de Janeiro para atenderem o mercado da alta sociedade local, o calçado normalmente era importado da Europa. No final do século XIX o modelo básico do calçado era a botina fechada de camurça, de pelica ou de seda para as mulheres mais abastadas, e os chinelos para o restante da população feminina.
Nas décadas de 1910 e 1920 o modelo de sapato feminino mais usado no Brasil era o borzeguim ou a botina, evitando os pés expostos, mesmo que os vestidos já tivessem subido seu comprimento.
No pós-guerra houve uma mudança muito grande na maneira de vestir e de calçar. A mulher passou a sair às ruas, praticar esportes e cuidar do corpo, sendo o tênis inventado nessa época. Além disso, como os vestidos encurtaram, os sapatos ficaram mais à mostra, aumentando a preocupação com a estética do calçado.
Texto: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sapato

Séc. XIX, Brasil Imperial e o BARÃO DE MAUÁ


Em meados do século XIX, enquanto os países capitalistas desenvolvidos viviam o contexto da Segunda Revolução Industrial, o Brasil apresentava alguns avanços sócio-econômicos, responsáveis pela transição da monarquia para república. O processo abolicionista e o crescimento de atividades urbanas, tornavam o regime monárquico cada vez mais obsoleto.
O café, base de nossa economia, ao mesmo tempo em que preservava aspectos do passado colonial (latifúndio, monocultura e escravismo), tornava nossa realidade mais dinâmica, estimulando a construção de ferrovias e portos, além de criar condições favoráveis para o crescimento outros empreendimentos como bancos, atividades ligadas ao comércio interno e uma série de iniciativas empresariais. A aprovação da tarifa Alves Branco, que majorou as taxas alfandegárias, e da lei Eusébio de Queirós, que em 1850 aboliu o tráfico negreiro liberando capitais para outras atividades, estimularam ainda mais os negócios urbanos no Brasil, que já contava com 62 empresas industriais, 14 bancos, 8 estradas de ferro, 3 caixas econômicas, além de companhias de navegação a vapor, seguros, gás e transporte urbano. Nesse verdadeiro surto de desenvolvimento, destaca-se a figura de Irineu Evangelista de Souza, o Barão e Visconde de Mauá, principal representante do incipiente empresariado brasileiro, que atuou nos mais diversos setores da economia urbana.
Texto: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=165

quarta-feira, 6 de abril de 2011

TRATADISTA

Marcos Vitrúvio Polião, em latim Marcus Vitruvius Pollio, foi um arquiteto e engenheiro romano que viveu no século I a.C. e deixou como legado a sua obra em 10 volumes, aos quais deu o nome de De Architectura (aprox. 40 a.C.) que constitui o único tratado europeu do período grego-romano que chegou aos nossos dias e serviu de fonte de inspiração a diversos textos sobre construções, hidráulicas, hidrológicas e arquitetônicas desde a época do Renascimento.
Os seus padrões de proporções e os seus princípios arquiteturais: utilitas, venustas e firmitas (utilidade, beleza e solidez), inauguraram a base da Arquitetura clássica.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Ambiente das cidades no período da revolução industrial.

01 - O aumento da população, devido à diminuição do índice de mortalidade;
02 - O aumento dos bens e dos serviços produzidos pela agricultura, pela indústria e pelas atividades terciárias;
03 - A redistribuição dos habitantes no território, em conseqüência do aumento demográfico e das transformações da produção;
04 - O desenvolvimento dos meios de comunicação, as estradas de ferro, os canais navegáveis, as estradas de pedágio, os navios a vapor;
05 - A rapidez e o caráter aberto destas transformações, que se desenvolveram em poucos decênios;
06 - As tendências do pensamento político;

No início do século XIX, crescem em grande escala os defeitos da cidade industrial que se tornam rapidamente muito numerosos e incomuns para que possam ser solucionados completamente. Entre a cidade real e a cidade ideal, há cada vez mais uma diferença que parece ser impossível de ser preenchida.
O surgimento das periferias decorrem do crescimento rápido das cidades na época industrial, essa faixa periférica passa a localizar-se ao redor do núcleo urbano da cidade estruturada.
Estrutura contendo os principais monumentos – igrejas, palácios – que muitas vezes dominam ainda o panorama da cidade.
O núcleo tem limitações espaciais de alargamentos de ruas, a quantidade de edificações e estrutura urbana.
 As classes abastadas abandonam gradativamente o centro e passam a ocupar a periferia.

A cidade liberal vem a ser, o resultado da superposição de muitas iniciativas públicas e particulares, não reguladas e não coordenadas.
As classes pobres sofrem mais diretamente os inconvenientes da cidade industrial. As classes ricas, contudo, não podem fugir deles por completo, por volta de 1830, o cólera se espalha pela Europa vindo da Ásia, com a falta das condições de higiene sanitária, a doença se alastra com grande rapidez pelas cidades, o que faz surgir a primeira lei sanitária, no verão de 1848.
Em 1850, surge a segunda lei sanitária e as duas leis juntas e mais outras aprovadas em seguida na Itália em 1865 e nos Estados europeus, serão utilizadas na segunda metade do século XIX para administrar a cidade pós- liberal.
Os modelos habitacionais conhecidos como Familistério e o Falanstério.

Falanstério era a denominação das comunidades intencionais idealizadas pelo filósofo francês Charles Fourier. Consistiam em grandes construções comunais que refletiriam uma organização harmônica e descentralizada onde cada um trabalharia nos conformes de suas paixões e vocações.


quinta-feira, 24 de março de 2011

AS TRES GRAÇAS - aula de História da ARTE do dia 23/03/11

 
As Graças (Cárites na Mitologia Grega) são as deusas da dança, dos modos e da graça do amor, são seguidoras de Vênus e dançarinas do Olimpo.
Apesar de pouco relevantes na mitologia greco-romana, a partir do Renascimento as Graças se tornaram símbolo da idílica harmonia do mundo clássico.
Graças, nome latino das Cárites gregas, eram as deusas da fertilidade, do encantamento, da beleza e da amizade. Ao que parece seu culto se iniciou na Beócia, onde eram consideradas deusas da vegetação. O nome de cada uma delas varia nas diferentes lendas. Na Ilíada de Homero aparece uma só Cárite, esposa do deus Hefesto.
 
Existem variações regionais, sendo que o trio mais freqüente é:
  • Aglaia - a claridade;
  • Tália - a que faz brotar flores;
  • Eufrosina - o sentido da alegria;
Eram filhas de Zeus e Hera, segundo umas versões, e de Zeus e da deusa Eurínome, segundo outras.
Por sua condição de deusas da beleza, eram associadas com Afrodite, deusa do amor. Também se identificavam com as primitivas musas, em virtude de sua predileção pelas danças corais e pela música. Nas primeiras representações plásticas, as Graças apareciam vestidas; mais tarde, contudo, foram representadas como jovens desnudas, de mãos dadas; duas das Graças olham numa direção e a terceira, na direção oposta. Esse modelo, do qual se conserva um grupo escultórico da época helenística, foi o que se transferiu ao Renascimento e originou quadros célebres como "A primavera", de Botticelli, e "As três Graças", de Rubens.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Gestalt

A Psicologia da forma, Psicologia da Gestalt, Gestaltismo ou simplesmente Gestalt é uma teoria da psicologia iniciada no final do século XIX na Áustria e Alemanha que possibilitou o estudo da percepção.
Os princípios da teoria da Gestalt nos dão a idéia de percepção como sendo a organização de dados sensoriais em unidades que formam um todo ou um objeto. Atento às experiências e princípios dessa teoria, o estudioso do layout e do design da página impressa, Allen Hurlburt, afirma que essas experiências continuam ainda hoje como a principal fonte de informação científica sobre percepção e reação. Para ele, a capacidade do olho e da mente humana em reunir e ajustar elementos e de entender seu significado constitui a base do design e nos remete ao princípio que torna possível a confecção do layout de uma página impressa. E acrescenta: "Os princípios da Gestalt não apenas ensinam como podemos combinar dados sensoriais para formar objetos, como também sugerem explicações para o fato de admitirmos a ilusão da tonalidade criada por pontos de meio-tom, a arte simplificada dos cartuns, o significado dos símbolos e a inquietação dos trabalhos abstratos".


TEORIA DAS CORES
O que convencionou-se chamar de Teoria das Cores de Leonardo da Vinci, são as formulações históricas esparsas contidas em seus escritos e reunidas no livro Tratado da Pintura e da Paisagem – Sombra e Luz. Cuja primeira edição só foi publicada 132 anos após a morte do artista, são anotações recolhidas pelo artista ao longo de anos de observação e é a teoria mais corrente, sendo um dos legados do renascimento para as artes visuais.


Matiz / Tom / Intensidade  / "calor" das cores

Cores neutras
Referências:
1 : Wertheimer, Michael - PEQUENA HISTÓRIA DA PSICOLOGIA , São Paulo: Cia Editora Nacional 2 : Perls, Frederick - GESTALT TERAPIA EXPLICADA , 7a.edição, São Paulo: Summus 3: Skinner, B.F. - SOBRE O BEHAVIORISMO , São Paulo: Cultrix, 1985 4: Freud, S. - A HISTÓRIA DO MOVIMENTO PSICANALÍTICO , Edição Standard Brasileira das Obras Psicológica Completas, Vol. XIV, Rio de Janeiro: Imago 5: Freud, S. - NEUROSE E PSICOSE , Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas, Vol.XIX , Rio de Janeiro: Imago.6: Fromm, E. - A CRISE DA PSICANÁLISE , Rio de Janeiro: Zahar, 19717: Köhler, W. - PSICOLOGIA DA GESTALT , Belo Horizonte: Itatiaia, 19808: Perls, Frederick - "YO, HAMBRE Y AGRESION" , Fundo de Cultura Economica (já traduzido em Português : "Ego Fome e Agressão" - pela Editora Summus)
2 ; A Doutrina das Cores. Ed. Nova Alexandria, 2009.


terça-feira, 22 de março de 2011

“ ERA DA RAZÃO ”

Iluminismo: Movimento Ideológico do séc. XVIII
Nascimento da Ciência Moderna
Crescimento da Ciência no séc. XVIII

Neoclassicismo
Classicismo predominante na arquitetura da Europa, América e diversas colônias européias no final do século XVIII e início do XIX, caracterizado pela introdução e a disseminação de ordens e motivos ornamentais gregos e romanos, a subordinação do detalhe às composições simples, marcadamente geométricas, e a pouca profundidade dos relevos no tratamento decorativo das fachadas.

Apostila da História da arte e arquitetura I - FAU-FISS

sábado, 19 de março de 2011

Regra dos terços

Regra dos Terços é uma técnica utilizada na fotografia para se obter melhores resultados. Para utilizá-la deve-se dividir a fotografia em 9 quadros, traçando 2 linhas horizontais e duas verticais imaginárias, e posicionando nos pontos de cruzamento o assunto que se deseja destacar para se obter uma foto equilibrada.

A mesma regra pode ser aplicada aos trabalhos de artes e desenhos de observação.

Proporções Aureas

A proporção áurea, número de ouro, número áureo ou proporção de ouro é uma constante real algébrica irracional denotada pela letra grega φ (em homenagem ao escultor Fídias, que a teria utilizado para conceber o Parthenon) e com o valor arredondado a três casas decimais de 1,618. Também é chamada de seção áurea (do latim sectio aurea), razão áurea, razão de ouro, divina proporção, divina seção (do latim sectio divina), proporção em extrema razão, divisão de extrema razão ou áurea excelência. O número de ouro é ainda frequentemente chamado razão de Phidias .
Desde a Antiguidade, a proporção áurea é empregada na arte. É frequente a sua utilização em pinturas renascentistas, como as do mestre Giotto. Este número está envolvido com a natureza do crescimento. Phi (não confundir com o número Pi π), como é chamado o número de ouro, pode ser encontrado na proporção das conchas (o nautilus, por exemplo), dos seres humanos (o tamanho das falanges, ossos dos dedos, por exemplo) e nas colméias, entre inúmeros outros exemplos que envolvem a ordem do crescimento.
Justamente por estar envolvido no crescimento, este número se torna tão frequente. E justamente por haver essa frequência, o número de ouro ganhou um status de "quase mágico", sendo alvo de pesquisadores, artistas e escritores. Apesar desse status, o número de ouro é apenas o que é devido aos contextos em que está inserido: está envolvido em crescimentos biológicos, por exemplo. O fato de ser encontrado através de desenvolvimento matemático é que o torna fascinante.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Aos colegas da UCAM, história. Um pouquinho da imagem do texto.

Um trecho do texto do PARIS NO TEMPO DO REI SOL do Prof. Eduardo Affonso, me fez curiosa lemrança da belíssima imagem do local, Place Dauphine, Paris.

5º Parágrafo da página 81...

Os mercadores das primeiras categorias dessa corporação eram frequentemente muito ricos. Como as dos tecelões, suas casas - que serviam ao mesmo tempo como local de  comércio e habitação - alinhavam-se a Rue Daint-Honoré, ao longo das ruas que se estendiam em direção ao Cemitério dos Inocentes e da Rue Saint-Denis, um dos principais centros de venda de tecido. As casas dos ourives ficavam nesse bairro e na rua que ainda leva seu nome, mas sobretudo no lado sul da Place Dauphine, onde podíamos admirar as mais bonitas lojas. ...

Obs.: O texto também fala sobre o local onde serviam de alojamento dos "Aprendizes", as águas-furtadas. Na verdade é só observar na foto a parte superior do edifícil, que é coroado com uma espécie de telhado que acompanha a fachada. Conhecida como Mansardas, O termo mansarda tem origem no nome do arquiteto parisiense François Mansart (1598-1666). Com essa janela no telhado, era possível ventilar e iluminar o vão. Se antes era o alojamento dos aprendizes, hoje são os espaços mais caros de Paris.
M. Muylaert

quinta-feira, 17 de março de 2011

HISTÓRIA da FOTOGRAFIA

A fotografia não é a obra final de um único criador. Ao longo da história, diversas pessoas foram agregando conceitos e processos que deram origem à fotografia como a conhecemos. O mais antigo destes conceitos foi o da câmara escura, descrita pelo napolitano Giovanni Baptista Della Porta, já em 1558, e conhecida por Leonardo da Vinci que a usava, como outros artistas no século XVI para esboçar pinturas.
O cientista italiano Angelo Sala, em 1604, percebeu que um composto de prata escurecia ao Sol, supondo que esse efeito fosse produzido pelo calor. Foi então que, Johann Heinrich Schulze fazendo experiências com ácido nítrico, prata e gesso em 1724, determinou que era a prata halógena, convertida em prata metálica, e não o calor, que provocava o escurecimento.
A primeira fotografia reconhecida é uma imagem produzida em 1826 pelo francês Joseph Nicéphore Niépce, numa placa de estanho coberta com um derivado de petróleo fotossensível chamado Betume da Judéia. A imagem foi produzida com uma câmera, sendo exigidas cerca de oito horas de exposição à luz solar. Nièpce chamou o processo de "heliografia", gravura com a luz do Sol. Paralelamente, outro francês, Daguerre, produzia com uma câmera escura efeitos visuais em um espetáculo denominado "Diorama". Daguerre e Niépce trocaram correspondência durante alguns anos, vindo finalmente a firmarem sociedade.
Após a morte de Nièpce, Daguerre desenvolveu um processo com vapor de mercúrio que reduzia o tempo de revelação de horas para minutos. O processo foi denominado daguerreotipia. Daguerre descreveu seu processo à Academia de Ciências e Belas Artes, na França e logo depois requereu a patente do seu invento na Inglaterra. A popularização dos daguerreótipos, deu origem às especulações sobre o "fim da pintura", inspirando o Impressionismo.
O britânico William Fox Talbot, que já efetuava pesquisas com papéis fotossensíveis, ao tomar conhecimento dos avanços de Daguerre, em 1839, decidiu apressar a apresentação de seus trabalhos à Royal Institution e à Royal Society, procurando garantir os direitos sobre suas invenções. Talbot desenvolveu um diferente processo denominado calotipo, usando folhas de papel cobertas com cloreto de prata, que posteriormente eram colocadas em contato com outro papel, produzindo a imagem positiva. Este processo é muito parecido com o processo fotográfico em uso hoje, pois também produz um negativo que pode ser reutilizado para produzir várias imagens positivas. À época, Hippolyte Bayard também desenvolveu um método de fotografia. Porém, por demorar a anunciá-lo, não pôde mais ser reconhecido como seu inventor.
No Brasil, o Francês radicado em Campinas, São Paulo, Hércules Florence conseguiu resultados superiores aos de Daguerre, pois desenvolveu negativos. Contudo, apesar das tentativas de disseminação do seu invento, ao qual denominou "Photographie" - foi o legítimo inventor da palavra - não obteve reconhecimento à época. Sua vida e obra só foram devidamente resgatadas em 1976 por Boris Kossoy.
A fotografia então popularizou-se como produto de consumo a partir de 1888. A empresa Kodak abriu as portas com um discurso de marketing onde todos podiam tirar suas fotos, sem necessitar de fotografos profissionais com a introdução da câmera tipo "caixão" e pelo filme em rolos substituíveis criados por George Eastman.
Desde então, o mercado fotográfico tem experimentado uma crescente evolução tecnológica, como o estabelecimento do filme colorido como padrão e o foco automático, ou exposição automática. Essas inovações indubitavelmente facilitam a captação da imagem, melhoram a qualidade de reprodução ou a rapidez do processamento, mas muito pouco foi alterado nos princípios básicos da fotografia.
A grande mudança recente, produzida a partir do final do século XX, foi a digitalização dos sistemas fotográficos. A fotografia digital mudou paradigmas no mundo da fotografia, minimizando custos, reduzindo etapas, acelerando processos e facilitando a produção, manipulação, armazenamento e transmissão de imagens pelo mundo. O aperfeiçoamento da tecnologia de reprodução de imagens digitais tem quebrado barreiras de restrição em relação a este sistema por setores que ainda prestigiam o tradicional filme, e assim, irreversivelmente ampliando o domínio da fotografia digital.

DAGUERREOTIPIA

Foi através dos irmãos Chevalier, famosos óticos de paris, que Niépce entrou em contato com outro entusiasta , que procurava obter imagens impressionadas quimicamente: Louis Jacques Mandé Daguerre (1787-1851). Este, durante alguns anos, causara sensação em Paris com o seu "diorama", um espetáculo composto de enormes painéis translúcidos, pintados por intermédio da câmera escura, que produziam efeitos visuais (fusão, tridimensionalidade) através de iluminação controlada no verso destes painéis.
Niépce e Daguerre durante algum tempo mantiveram correspondência sobre seus trabalhos. Em 1829 firmaram uma sociedade com o propósito de aperfeiçoar a heliografia, compartilhando seus conhecimentos secretos.
A sociedade não deu certo. Daguerre, ao perceber as grandes limitações do betume da Judéia, decidiu prosseguir sozinho nas pesquisas com a prata halógena. Suas experiências consistiam em expor, na câmera escura, placas de cobre recobertas com prata polida e sensibilizadas sobre o vapor de iodo, formando uma capa de iodeto de prata sensível à luz.
Dois anos após a morte de Niépce, Daguerre descobriu que uma imagem quase invisível, latente, podia-se revelar com o vapor de mercúrio, reduzindo-se, assim, de horas para minutos o tempo de exposição. Conta a história que uma noite Daguerre guardou uma placa sub-exposta dentro de um armário, onde havia um termômetro de mercúrio que havia se quebrado. Ao amanhecer, abrindo o armário, Daguerre constatou que a placa havia adquirido uma imagem de densidade bastante satisfatória, tornara-se visível. Em todas as áreas atingidas pela luz, o mercúrio criara um amálgama de grande brilho, formando as áreas claras da imagem. Após a revelação, agora controlada, Daguerre submetia a placa com a imagem a um banho fixador, para dissolver os halogenetos de prata não revelados, formando as áreas escuras da imagem. Inicialmente foi usado o sal de cozinha, o cloreto de sódio, como elemento fixador, sendo substituído posteriormente por tiossulfato de sódio (hypo) que garantia maior durabilidade à imagem. Este processo foi batizado com o nome de Daguerreotipia.
Em 7 de janeiro de 1839 Daguerre divulgou o seu processo e em 19 de agosto do mesmo ano, na Academia de Ciencias de Paris, tornou o processo acessível ao público. Daguerre também era pintor decorador, e inventou o DIORAMA, um teatro de efeitos de luz de velas.

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Champignon de Paris

Agaricus Bisporus – Champignon de Paris:
O Cogumelo Champignon, Champignon de Paris, ou Button Mushroom, é o mais consumido no mundo todo e também no Brasil, encontra-se disparado como primeiro colocado da lista dos mais consumidos.
Acredita-se que ficou famoso principalmente pelo Strogonofe, receita difundida em inúmeros países, muitas pessoas comeram pela primeira vez cogumelos através desta receita.
Considerado tipicamente ocidental, começou a ser cultivado a 300 anos na França. É rico em proteínas,(2,69%), cálcio, ferro cobre, vitamina C, folato, e 18 aminoácidos, é o mais difundido no Brasil, embora seja o mais pobre em nutrientes que os demais consumidos.
Tem um sabor incomparavelmente melhor quando fresco, é bastante leve, por este motivo pode ser adicionada aos mais diversos pratos. Pode ser consumido, cozido, assado, frito ou até mesmo cru, (mas não são todos os paladares que apreciam deste modo), mas de uma forma ou de outra, todos se agradam.
O Champignon, apresenta a parte superior carnuda e larga e a base curta e grossa. Seu desenvolvimento e tamanho variam de acordo com a temperatura e espaço entre os cogumelos no momento do crescimento dos mesmos.
O Champignon de Paris, tem sempre a coloração clara, ou levemente perolada, desenvolve-se em temperaturas baixa + ou - 18 graus.
Este cogumelo é ideal para dietas saudáveis, pois é rico em proteínas e fibras que propiciam saciedade. Além de seu reduzido valor calórico, possui menos de 1% de gordura e ausência de colesterol, o que o destaca como excelente alimento para um coração saudável.
Segundo pesquisas realizadas pela UNESP, pelo Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, O Champignon de Paris apresentou a maior quantidade de potássio, 4572 mg/100g, que comparado com outros cogumelos, e tem concentração de cálcio que variou de 4,9 a 20 mg/100g sendo o Champignon de Paris aquele que apresentou maior concentração. Em relação aos minerais analisados, o cogumelo Champignon de Paris foi o que continha o maior teor.
O Champignon, apreciados em muitas dietas Européias e Orientais, vêm crescendo de importância nos últimos anos, e passa a ser mais procurado também em outros países, seu cultivo também auxilia na possibilidade de reciclar economicamente certos resíduos agrícolas e agro-industriais.
Por outro lado, devemos sempre destacar o elevado conteúdo protéico dos cogumelos comestíveis, mesmo o Champignon sendo o que possui menos nutrientes seu cultivo tem sido apontado como uma alternativa para incrementar a oferta de proteínas.

A Imagem retratada no renascimento

Na pintura renascentista as figuras eram dispostas numa composição estritamente simétrica, a variação de cores frias e quentes e o manejo da luz permitiram criar distâncias e volumes que pareciam ser copiados da realidade. A reprodução da figura humana, a expressão de suas emoções e o movimento ocuparam lugar igualmente preponderante. Os temas a representar continuavam sendo de caráter estritamente religioso, mesmo que, com a inclusão de um novo elemento a burguesia, que queria ser protagonista da história do cristianismo. Não é de admirar, portanto, que as pessoas se fizessem retratar junto com a família numa cena do nascimento de Cristo, ou ajoelhadas ao pé da cruz, ao lado de Maria Madalena e da Virgem Maria.
Até mesmo os representantes da Igreja se renderam a esse curioso costume. Muito diferentes no espírito, embora nem por isso menos valiosos, foram os resultados obtidos paralelamente nos países do norte. Os mestres de Flandres, deixaram de lado as medições e a geometria e recorreram à câmara escura, também conseguiram criar espaços reais no plano, embora sem a precisão dos italianos. A ênfase foi colocada na tinta (foram eles os primeiros a utilizar o óleo) e na reprodução do natural de rostos, paisagens, fauna e flora, com um cuidado e uma exatidão assombrosos, o que acabou resultando naquilo a que se deu o nome de Janela para a Realidade.

Câmaras escuras

O princípio da câmera escura já era conhecido desde a Antiguidade. O grego Aristóteles referiu a sua utilização em observações astronómicas. Posteriormente, no século XI, o árabe Ibn al-Haitham (Al-Hazen) também referiu esse princípio como apoio à observação de um eclipse solar.
À época da Renascença, Leonardo da Vinci descreveu esse fenómeno físico no "Codex Atlanticus", hoje na Biblioteca Ambrosiana, em Milão:
“ Quando as imagens dos objectos iluminados penetram num compartimento escuro através de um pequeno orifício e se recebem sobre um papel branco situado a uma certa distância desse orifício, vêem-se no papel, os objectos invertidos com as suas formas e cores próprias. ”
 — Leonardo da Vinci, in Codex Atlanticus
O princípio, e as "câmaras" ou "quartos escuros" — compartimentos totalmente escuros, com um pequeno orifício — continuaram a ser utilizados nos séculos seguintes, como apoio ao registo de imagens, usualmente pelo processo do desenho. A partir do século XVII passou a ser acoplado ao orifício um sistema óptico para melhorar a qualidade da imagem a observar, tendo passado a designar-se "Câmara Óptica" ou "Câmara Fotográfica". Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.