quarta-feira, 4 de maio de 2011

A situação sanitária e os Tigres do Rio de Janeiro no século XIX


As condições sanitárias da Cidade do Rio de Janeiro eram muito precárias, em decorrência da falta de um adequado sistema de esgotos e de drenagem pluvial.
Os dejetos eram guardados nas residências, em barris. A remoção dos barris eram normalmente feitas à noite, quando escravos, carregando os barris à cabeça, cruzavam a cidade até terrenos baldios ou o mar, onde eram despejados.
Os Tigres do Rio, eram os nomes dados a esses escravos que carregavam as barricas cheias de dejetos. Ao transportar, transbordavam e iam deixando rastros no corpo do escravo que, ficava com listras sinuosas como as de um tigre.
O Imperador D. Pedro II mandou estudar o projeto de esgotos sanitários e pluviais na Inglaterra, existindo dele plantas de autoria do Engenheiro Eduardo Gotto, no Arquivo Nacional, na Biblioteca Nacional e da CEDAE, datadas do período 1853/1863. A Lei 719/1853 autorizou o Governo a contratar os serviços com "John Frederic Russel ou outro qualquer. Mais tarde, em 1857, foi celebrado contrato com Russel e seu Sócio Joaquim Pereira Vianna de Lima Junior, para fazer "o serviço de limpeza das casas e do esgoto das águas pluviais", com prazo de 90 anos. Esse contrato foi transferido em fevereiro de 1862, para a "The Rio de Janeiro City Improvements Company Ltd." constituída em Londres por Mr. Gotto.

O Processo Abolicionismo no Brasil


O abolicionismo foi um movimento político que visou a abolição da escravatura e do comércio de escravos. Desenvolveu-se durante o Iluminismo do século XVIII, e tornou-se uma das formas mais representativas de activismo político do século XIX até à actualidade. Teve como antecedentes o apoio de alguns Papas católicos.
Até hoje, as repercussões emotivas do termo "abolicionismo" suscitam inconvenientes usos analógicos do termo, especialmente entre retóricas maniqueístas de grupos de pressão, partidos políticos ou grandes debatedores públicos.



A história do abolicionismo no Brasil remonta à primeira tentativa de abolição da escravidão indígena, em 1611, e a sua abolição definitiva, pelo Marquês de Pombal, durante o reinado de D. José I, e aos movimentos emancipacionistas no período colonial, particularmente a Conjuração Baiana de 1798, em cujos planos encontrava-se o da erradicação da escravidão. Após a Independência do Brasil, as discussões a este respeito estenderam-se por todo o período do Império, tendo adquirido relevância a partir de 1850, e, caráter verdadeiramente popular, a partir de 1870, culminando com a assinatura da Lei Áurea de 13 de maio de 1888, que extinguiu a escravidão negra no Brasil.

Imagem: A abolição da escravatura: quadro de Auguste François Biard (1798-1882).

Sapatos para Escravos... Símbolo de LIBERDADE!!!

Utilizados somente como proteção dos pés, com a vinda da côrte portuguesa ao Brasil, em 1808, o comércio sofreu um incremento e os costumes europeizaram-se, passado o sapato a fazer parte da moda. Nesta época os escravos eram proibidos de usar sapatos, mas quando conseguiam a liberdade, compravam um par de calçados como símbolo da nova condição social. Como muitos não se acostumavam a usá-lo, viravam objeto de decoração ou de prestígio, carregando-os, orgulhosamente, nos ombros ou nas mãos.
Apesar de existerem várias sapatarias no Rio de Janeiro para atenderem o mercado da alta sociedade local, o calçado normalmente era importado da Europa. No final do século XIX o modelo básico do calçado era a botina fechada de camurça, de pelica ou de seda para as mulheres mais abastadas, e os chinelos para o restante da população feminina.
Nas décadas de 1910 e 1920 o modelo de sapato feminino mais usado no Brasil era o borzeguim ou a botina, evitando os pés expostos, mesmo que os vestidos já tivessem subido seu comprimento.
No pós-guerra houve uma mudança muito grande na maneira de vestir e de calçar. A mulher passou a sair às ruas, praticar esportes e cuidar do corpo, sendo o tênis inventado nessa época. Além disso, como os vestidos encurtaram, os sapatos ficaram mais à mostra, aumentando a preocupação com a estética do calçado.
Texto: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sapato

Séc. XIX, Brasil Imperial e o BARÃO DE MAUÁ


Em meados do século XIX, enquanto os países capitalistas desenvolvidos viviam o contexto da Segunda Revolução Industrial, o Brasil apresentava alguns avanços sócio-econômicos, responsáveis pela transição da monarquia para república. O processo abolicionista e o crescimento de atividades urbanas, tornavam o regime monárquico cada vez mais obsoleto.
O café, base de nossa economia, ao mesmo tempo em que preservava aspectos do passado colonial (latifúndio, monocultura e escravismo), tornava nossa realidade mais dinâmica, estimulando a construção de ferrovias e portos, além de criar condições favoráveis para o crescimento outros empreendimentos como bancos, atividades ligadas ao comércio interno e uma série de iniciativas empresariais. A aprovação da tarifa Alves Branco, que majorou as taxas alfandegárias, e da lei Eusébio de Queirós, que em 1850 aboliu o tráfico negreiro liberando capitais para outras atividades, estimularam ainda mais os negócios urbanos no Brasil, que já contava com 62 empresas industriais, 14 bancos, 8 estradas de ferro, 3 caixas econômicas, além de companhias de navegação a vapor, seguros, gás e transporte urbano. Nesse verdadeiro surto de desenvolvimento, destaca-se a figura de Irineu Evangelista de Souza, o Barão e Visconde de Mauá, principal representante do incipiente empresariado brasileiro, que atuou nos mais diversos setores da economia urbana.
Texto: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=165